A Lagoa do Brejo, resultante de uma antiga exploração mineira a céu aberto, constitui atualmente um extraordinário nicho ecológico, onde se conjugam, de um modo muito particular, espécies florísticas e faunísticas de grande valor para o conhecimento da biodiversidade do Vale do Terva.

A Lagoa do Brejo apresenta uma zona húmida em que se destacam os amiais e salgueirais paludosos, considerados habitats de conservação prioritários e raros em Portugal. Trata-se de bosques dominados por amieiros (Alnus glutinosa) e salgueiros (Salix atrocinerea), existindo também uma grande quantidade de vidoeiros (Betula alba). Em mosaico com estes bosques encontram-se pequenas zonas dominadas por esfagno e, em abundância, juncais acidofilos de J. acutiflorus, J. conglomeratus e/ou Juncus effusus.
Ao nível da fauna, a Lagoa do Brejo é uma das zonas onde se identificou um maior número de espécies, o que revela a sua elevada riqueza específica, entre as quais o maçarico-bique-bique (Tringa ochropus), o pato-real (Anas platyrhynchos), a galinha-d’água (Gallinula chloropus), o esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris) e a salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra).
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