Um dos maiores nomes do fado português ruma a Boticas a 16 de agosto para um concerto no Largo da Senhora da Livração. Na bagagem, Ana Moura leva seis discos de originais, dezenas de êxitos como «Dia de Folga» e a experiência de 15 anos de estrada.

Cantou ao lado de Mick Jagger num concerto dos Rolling Stones em Lisboa, já lá vão mais de 10 anos. Fez um dueto com Prince, que confessou ser seu fã, pouco tempo depois num festival de música da capital. E acaba de protagonizar, há dias, um dos momentos mais comentados e elogiados na edição de 2018 do Super Bock Super Rock, ao partilhar o palco com Benjamin Clementine.

Ainda assim, é em nome próprio e a solo que Ana Moura se apresentará no espetáculo que tem marcado em Boticas para 16 de agosto, no Largo da Senhora da Livração, um ano depois de levar a cabo uma digressão mundial que a levou a viajar por várias partes do mundo. E 15 anos desde que deu a conhecer a sua voz a Portugal e ao mundo.

Na bagagem, a fadista de Santarém leva um percurso de sucesso na música portuguesa, resultado dos seus seis álbuns de estúdio (da estreia com «Guarda-me a Vida Na Mão» ao mais recente, «Moura»), dois Globos de Ouro e outros tantos Prémios Amália, múltiplos discos de platina alcançados, um documentário sobre a sua vida na estrada e vários êxitos aos quais deu nome. Casos de «Dia de Folga», «Desfado», «Os Búzios», «Tens Os Olhos de Deus», «Manto de Água» e «O Meu Amor Foi Para o Brasil», entre outros.

A inspiração para a sonoridade e para as palavras que construíu à sua volta foi bebê-la em universos tão distintos como os de Amália Rodrigues, Nina Simone, David Bowie, Etta James, Ottis Redding, Fernando Pessoa, Alexandre O’Neill e Sophia de Mello Breyner. O resultado está à vista. No total, Ana Moura já soma um milhão de cópias vendidas aquém e além fronteiras, tornando-a num dos pilares do fado lusitano. Um caminho que mostra que não há coincidências, desde que foi descoberta num bar de Carcavelos por um nome clássico do fado português, Maria da Fé.

 

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Nuno Cardoso

Em criança quis ser professor, pintor e músico, mas o jornalismo acabou por falar mais alto. Nasceu na década de 80, cresceu na de 90 e na seguinte estreou-se profissionalmente, assim que terminou a licenciatura em Comunicação Social, em 2007.