A designada arte rupestre é um dos domínios de representação simbólica que mais desafia os limites da interpretação, não só científica como também popular. Uma das suas mais conhecidas manifestações são as composições formadas por figuras geométricas, antropomórficas e zoomórficas, gravadas sobre rocha e cujo significado original geralmente nos escapa.

As gravuras do Vale Superior do Rio Terva inscrevem-se na chamada Arte Atlântica, uma manifestação simbólica que se identifica desde o Rio Vouga até às Ilhas Britânicas e que genericamente se reconhece ter sido produzida pelas comunidades que ocuparam o território entre os 4º e 1º milénio a.C..
Localizado no remate poente da encosta do Leiranco, próximo da aldeia de Bobadela, as gravuras rupestres identificadas neste local inscrevem-se sobre uma laje granítica voltada a nascente, ao vale, com cerca de 14 m², parcialmente fraturada.

Pela sua evidente harmonia estilística e conexão interna, os motivos gravados nesta rocha parecem configurar um conjunto compositivo de caráter monumental, em que releva a expressão tridimensional da representação, por via do evidente aproveitamento das caraterísticas topográficas do afloramento.

Para a compreensão arqueologicamente contextualizada deste sítio, haverá que considerar a proximidade relativa dos Castro do Muro de Sapiãos, Castro de Nogueira e Castro do Brejo, bem como os sítios com gravuras de Barrenhas, Souto Escuro 2 e Outeiro Gordo.
As gravuras não estão sinalizadaS mas o TC ajuda a chegar lá.
As Gravuras Rupestres do Souto Escuro fazem parte da Rota das Gravuras do Parque Arqueológico do Vale do Terva (PAVT). A rota não está sinalizada mas o TC ajuda a chegar lá.
Recomenda-se o uso de um sistema de navegação GPS ou aplicação para smartphone equivalente.
Coordenadas GPS: 41.72397, -7.62765
Fonte: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho 2016, Rotas das Gravuras, Câmara Municipal de Boticas, Boticas.